Alteração do pigmento branco de chumbo na pintura mural e a sua reversão
Alteration of white lead pigment and its treatment of reversal in wall painting
Ana Cristina Ferreira Rodrigues – aluna 18465
Instituto Politécnico de Tomar, Campus da Quinta do Contador, Estrada da Serra,
2300-313 Tomar, Portugal
Resumo
Desde há muitos séculos que é referenciado, por vários escritores tratadistas e pintores, o modo como o pigmento branco de chumbo altera com o tempo em diversos tipos de obras, ficando enegrecido. Têm sido feitas várias investigações, que abordam novas técnicas de análise, para tentar descobrir as causas de alteração mas também novos tratamentos de reversão. Esta alteração ocorre em vários tipos de obras de arte, embora aqui seja mais focado a problemática na pintura mural.
De momento sabe-se que o pigmento branco de chumbo é oxidado por compostos sulfurosos ou pela formação de platenerite. Os métodos de reversão utilizam peróxido de hidrogénio com ácido acético, existem ainda novas investigações a serem realizadas no âmbito da utilização de laser.
Palavras-chave
Fresco; Escurecimento; Degradação; Cor: Reconversão.
Introdução
O branco de chumbo, é composto por duas formas químicas do carbonato de chumbo.
A Cerussite, que é de forma anidro com a fórmula química Pb(CO3), e pela forma
Hidrocerussite que é a forma hidratada do Carbonato de Chumbo e que apresenta a fórmula química Pb3(CO3)2(OH)2 [1,2]. Para a obtenção do pigmento é mais utilizado a forma Hidrocerussite. Este pigmento foi utilizado durante muitos séculos na Europa e Ásia como um dos pigmentos brancos mais importantes. Era usado em todos os suportes de pintura, desde telas, a madeiras, a paredes, utilizando as mais variadas técnicas. [3]
A alteração deste pigmento é já há muito observada e estudada, tendo havido tentativas para reverter o seu processo de alteração. A alteração é identificada por um enegrecimento do pigmento, sendo bastante prejudicial em substratos e técnicas que tenha compostos