ALTAS HORAS: INTELIGÊNCIA OPERANDO
Por Walter Felix Cardoso Jr walter.felix@unisul.br 15 Out 2007
Cenários corporativos: a Inteligência não pára
São oito horas da noite. Um pouco depois que os escritórios começam a ficar vazios, após os colaboradores do dia-a-dia abandonarem os seus terminais de computador tomando o rumo de casa, começa o trabalho de uma equipe bastante especial, os chamados trabalhadores do conhecimento.
Eles constituem um grupo de pessoas anônimas, quietas, amadurecidas e disciplinadas, que se responsabilizam por tarefas intelectuais, que podem causar impactos significativos em áreas nada distantes, como economia, política e sociedade. Seu trabalho é muito mais mental do que braçal e consiste na interpretação de dados, fatos e situações, refletindo e amplificando a ressonância dos eventos diurnos da própria corporação. A eles cabe a materialização de um fluxo claro, objetivo e útil de informações que alcançam os níveis mais altos da gestão empresarial, instruindo e/ou balizando a tomada das decisões estratégicas.
Esta é apenas mais uma noite como outra qualquer, contudo, como sempre eles estão lá para manipular o acervo de informações, muitas específicas, outras não, mas todas pertinentes e valiosas para a continuidade e o êxito dos negócios. Com dedicação eles vão analisando bens intangíveis, como dados, informações e o próprio conhecimento, que muitas vezes tem estrutura de ficção, e com isto conseguem diminuir o sentimento de incerteza em relação ao ambiente externo que tanto incomoda os executivos.
Explicando simplificadamente, a sua tarefa é um pouco ampla: transformar o caótico no inteligível, o incompleto no dedutível, o complexo no simples, o invisível no perceptível, o incoerente no lógico e o desordenado no claro e sistemático. Sem o quê, provavelmente, se continuaria desperdiçando incontáveis horas diurnas de procura a esmo por informações utilizáveis, aquelas que realmente ajudam na solução dos problemas de