Aline
“Comecei a cantar mornas, bossa nova, música tradicional da Guiné-Bissau, até música napolitana!” E angolana também. “A par com a portuguesa, também cantávamos música tradicional angolana, tudo isso fazia parte do canto coral da escola. Até aos 15 anos, mais ou menos, tive possibilidade de cantar e aprender. Essa foi toda a formação musical que eu tive.”
Aline Frazão é de Angola, mas a sua música facilmente viaja até ao Brasil e Cabo Verde. Vive em Santiago de Compostela, mas estudou em Lisboa. Gravou pela primeira vez em Barcelona – o projeto A Minha Embala – mas descobriu os palcos em Madrid. Viajou com a sua música por Paris, Dublin, Bruxelas, Londres e Buenos Aires, mas encontrou-se em Clave Bantu, primeiro álbum em nome próprio que gravou com o contrabaixista cubano José Manuel Diaz e com o percussionista galego Carlos Freire. É um mapa e um labirinto, a vida de Aline Frazão. Mas com uma bússola muito afinada para a música. Canta desde os 9 anos e a sua voz já viajou pelo fado, pela música popular brasileira, pelo jazz e pelas tradições de Angola e Cabo Verde. Ainda na adolescência começou a escrever as suas primeiras canções, descobrindo na guitarra afinidades com a bossa-nova. A aprendizagem prosseguiu durante a sua vida académica, entre 2006 e 2009, conjugando os estudos em Lisboa com colaborações pontuais em projetos de música e teatro. Depois de A Minha Embala e de Barcelona, viveu em Madrid onde percebeu que a sua voz e a guitarra chegavam para encher um palco. E isso deu-lhe todas as certezas de que necessitava. Seguiu-se então Santiago de Compostela, onde se estabeleceu, participações em festivais como o Cantos Na Maré, que acontece na Galiza e é dedicado à lusofonia, e finalmente Clave Bantu, primeiro álbum em nome próprio em que além dos dois músicos que a acompanham há também colaborações do multi-instrumentista brasileiro Sérgio Tannus e do trombonista português Rúben da Luz. E ainda parcerias inéditas com os