Dialogo entre literatura e ensino
DIÁLOGO ENTRE LITERATURA E ENSINO
Compreender a estrutura de funcionamento da Educação e a inter-relação existente entre os diversos elementos que a compõe, com destaque para a literatura, é dar um passo adiante em nosso processo evolutivo, desenvolvendo potencialidades e apropriando-se de uma importante ferramenta, algo extremamente útil em tempos de um processo educacional e cultural tão conturbado e cheio de possibilidades, muitas delas equivocadas.
Resgatamos aqui a proposição de que o ser humano é um sujeito histórico, emocional e racional dotado de saberes que antecedem e extrapolam a sua entrada e vivência no processo formal de ensino, promovendo constantes trocas de conhecimento com o mundo que o cerca.
A literatura por sua vez é costumeiramente relegada a planos inferiores e conta com raros abnegados que são apaixonados e conseguem transmitir essa paixão para os seus discentes, pois o excesso de formalidade e teorização rouba espaço do que deve ser a primeira cena no ato do aprendizado literário, o despertar da curiosidade, o encantamento, a capacidade de embriagar as emoções na comunicação, aqui tomada em seu sentido mais amplo, o semiótico, onde a linguagem e a leitura não são apenas da escrita, mas do desenho corporal em uma declamação, da entonação vocal, dos elementos cênicos em uma peça de teatro, etc.
Como em um namoro é necessário estabelecer o flerte com os nossos espectadores, tatuando em cada um pontos de interrogação e exclamação. Algumas instituições e colegas têm despertado para essa necessidade e com sacrifício tem conseguido um pouco de espaço. É necessário que lutemos para conquistar esse espaço e colaborar de forma profícua no processo de transformação cultural e educacional, é preciso que sejamos duros (tenazes) e constantes no nosso aprendizado e na transmissão dos conhecimentos. Como diria Guevara “Hay que endurecerse pero sin perder la ternura jamás”.
Em ambos os casos, tanto quem se coloca na posição de