Alienação
Para Coelho (2003, p.139),
O sentido do trabalho humano é a desalienação do indivíduo, e a meta da desalienação é auto consciência do homem como ser individual e membro de uma comunidade. Só que, enquanto não se produz essa autoconsciência, o homem é alienado, e na medida em que seu trabalho não está voltado para essa realização o próprio trabalho é alienado.
Para Max (2002 apud Costa Andrade, 2011, p.40),
Marxi reflete sobre a dificuldade que temos de perceber as relações sociais que estão por trás da produção das mercadorias. Enquanto aprendemos de forma imediata certas qualidades naturais de um objeto, como o seu peso, a sua cor, a sua forma, etc., o trabalho humano acrescenta a este objeto uma qualidade sobrenatural: o seu valor.
Os trabalhos humanos tomam a forma de produtos cujos valores podem ser medidos quando são negociados ou comercializados, mas esta relação parece dar-se apenas entre as coisas, pois os homens são incapazes de perceber os frutos de seu trabalho como sociais, pois o que interessa aos homens, na prática, é quanto vale um produto nas relações comerciais, isto é, a proporção em que negociam ou comercializam entre si. Quando esta proporção adquire certa estabilidade habitual, aos homens parece que é própria da natureza dos produtos do trabalho, ou seja, parece-lhes que o valor da mercadoria é algo natural. Através da forma fixa em valor-dinheiro, ficam obscurecidos o caráter social dos trabalhos privados e as relações sociais entre os trabalhadores que produzem estas mercadorias.
Cortella (2007) questiona na sua obra a forma alienada da sociedade humana no trabalho, uma grande parte da sociedade tem a visão do trabalho como algo incômodo, um fardo, um castigo, por não serem reconhecidos no que fazem e não ver o sentido real da sua função para a sociedade. A vida pessoal e o trabalho devem ser encarados como uma obra pessoal, como se pode perceber nas palavras do autor:
Temos carência profunda e necessidade