Alienação e Mais-Valia em Karl Marx
Para entendermos como Karl Marx critica o modo de produção capitalista, precisamos entender o que são os conceitos de Alienação e Mais-Valia, como elas se relacionam e como elas explicam o modo de produção. Assim, entenderemos as falhas existentes no modelo e poderemos compreender e embasar as críticas do autor.
Marx analisa, em suas obras, as relações existentes no modo de produção capitalista, compreendendo as engrenagens de funcionamento desse sistema. Assim, tudo aquilo que permeia o capital (desde a sua obtenção até a sua acumulação), o trabalho, os patrões, os proletários e etc. são destrinchados, de forma que diversos conceitos teóricos surgem para explica-los e de modo que eles se relacionem.
Começando a análise, termo “alienação” pode compreender diversos aspectos, mas assumiremos aqui algo como “a diminuição da capacidade de indivíduos em pensar em agir por si próprios”, ou seja, a pessoa não consegue perceber corretamente o ambiente ao seu redor (e ele próprio, inclusive) e, assim, acaba por não pensar e agir corretamente pensando em si mesmo inserido nesse contexto. É como se tornasse um objeto sem consciência.
Assim, Marx nos mostra que o modo de produção capitalista separa (ou seja, aliena) o trabalhador dos meios de produção, principalmente através do processo de industrialização, da propriedade privada e do assalariamento. Assim, o trabalhador se torna um objeto, em conjunto com máquinas, terras, ferramentas, matérias-primas, etc. Ou seja, o trabalhador se torna propriedade do sistema, deixando-o sem consciência da sua importância na produção.
Mais, o Estado, que representa as classes dominantes (logo as economicamente favorecidas e donas dos meios de produção), também aliena o trabalhador, uma vez que ele legisla e executa em prol das classes dominantes. Assim, os interesses dos proletários não eram ouvidos, mais, tal opressão fazia com que os próprios operários não compreendessem seus direitos,