Alice Kelby E Gerson Orient Prof Dra Katia

373 palavras 2 páginas
ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS: DO CLÁSSICO AO HODIERNO

No ano em que completa 150 anos, o Clássico Alice no País das Maravilhas se faz presente novamente através da nossa abordagem a algumas questões imanentes da obra, apesar de "parecer" um obra infantil, a mesma deve ser estudada com cuidado por vários ângulos. Primeiramente, pretendemos caracterizar brevemente o trabalho de Lewis Carroll e a época em que foi escrito: Era Vitoriana, aonde, no Reino Unido, como o próprio nome demonstra, foi o período de reinado da Rainha Vitória, em meados do século XIX (de junho de 1837 a janeiro de 1901), no tocante à economia, população, sociedade, cultura e fatos importantes. Após, pretendemos analisar a literatura pedagógica, a qual tinha como finalidade ensinar as pessoas quanto aos diversos assuntos, que iam do comportamento das senhoras e senhoritas na sociedade, passando pela saúde até educação do filhos. Disseminando, assim, um caráter moralizante, construído como sustentáculo da sociedade vitoriana, que visava cultivar virtudes como retidão, seriedade e castidade. A obra de Carroll critica a visão de indivíduo da época, sufocado pelas inúmeras exigências e regras, propondo uma fuga da realidade para um mundo mágico, nonsense. Prosseguindo, abordaremos a veia existencialista da obra, que se caracteriza pela inclusão da realidade concreta do indivíduo (sua mundanidade, angústia e morte) no centro da especulação filosófica, em polêmica com doutrinas racionalistas que dissolvem a subjetividade individual em sistemas conceituais abstratos e universalistas. Podemos observar esta característica na passagem: “...a Lagarta perguntou com sua voz sonolenta: - Quem é você? ... – Eu... bem, eu não sei direito, minha senhora. Pelo menos agora. Quando me levantei esta manhã sabia muito bem quem era, mas depois de mudar tantas vezes, já não sei mais...” (Lewis Carroll, 1974, p.42). Para muitos críticos, tais indagações antecipam a filosofia existencialista de

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