alfavetização
Prossegue afirmando que o conceito de alfabetização mais comum é o de saber ler e escrever e alfabetizar é ensinar a ler e a escrever, mas (ressalva) como verbos intransitivos. Então, é preciso perguntar: ler o quê? Escrever o quê? As respostas a essas duas perguntas nos levam ao verbo transitivo e isso é o letramento, pondera brilhante e sucintamente. Argumenta a seguir sobre a necessidade de se buscar os caminhos do passado, século XX, décadas de 20/30 e o passado mais recente, a partir dos anos 80, como subsídios para se compreender o momento atual no que se refere aos métodos de ensino para a alfabetização dos alunos brasileiros.
Este período foi dividido pela conferencista em dois momentos: até os anos 80 e a partir dos anos 80. Segundo ela, até os anos 80, a preocupação de todos os que se interessavam direta ou indiretamente pelas questões relacionadas ao ensino aprendizagem da leitura e da escrita estava focada no problema do método: sintético ou analítico; silábico ou global? Naquela época, afirma, dava-se ênfase a aprendizagem do sistema de escrita e os métodos a serem usados; não importando qual a escolha feita, o objetivo era o mesmo: aprender a ler e a escrever no sentido intransitivo, sem complemento; o foco se dava no sistema de escrita e os textos utilizados como recursos de ensino eram artificiais. A partir dos anos 80, afirma, entra em cena o "Construtivismo" e com ele uma mudança paradigmática. Não é mais o professor ou o método que ensinam, mas é o aluno que aprende e tanto professor quanto recursos, tornam-se mediadores dessa aprendizagem. Um novo campo se abriu para a alfabetização, pois as ciências lingüísticas e sociais se voltaram de vez para ela. O conceito de letramento passou a ser considerado; o foco