alessandra santana resenha
Alessandra Santana da Silva Cunha
A emersão do serviço social como profissão é possibilitada devido às mudanças econômicas na sociedade e o aparecimento de duas classes sociais antagônicas: a burguesia e o proletariado.
Com surgimento da burguesia e o desenvolvimento do capitalismo concorrencial para o capitalismo monopolista as demandas da classe trabalhadora aumentaram, e foi dentro desse cenário de mudanças e em meio à crise do antigo sistema econômico, que o Estado e a sociedade burguesa percebem que as formas existentes para controlar a classe trabalhadora não são mais suficientes.
A saída, então, observada para conter o proletariado seria reformar as antigas práticas assistenciais, antes realizadas pela Igreja Católica. Para isso, o Estado assume para si as funções de tentar controlar a Questão Social por meio das políticas sociais e dessa maneira o serviço social vai surgindo como profissão porém ainda com um caráter bastante filantrópico e assistencial devido às influências da igreja.
A ruptura do serviço social com a Igreja foi o primeiro passo para o início do processo de formação da profissão, pois dessa forma seus agentes passaram a desempenhar funções dentro de uma lógica de mercado, recebendo salários, atendendo às determinações das instituições contratantes e entendendo as relações estabelecidas entre o Estado e as classes sociais e também houve a inserção do serviço social na divisão social e técnica do trabalho, como nos afirma José Paulo Netto.
“Substantivamente, a ruptura se revela no fato de, pouco a pouco, os agentes começarem a desempenhar papéis executivos em projetos de intervenção cuja finalidade real e efetiva está posta por uma lógica e uma estratégia objetivas que independem da sua intencionalidade.”
O processo de profissionalização do serviço social não foi simples, pois como já foi dito anteriormente, a profissão recebeu forte influência Igreja Católica e a imagem do assistente social ficou resumida à imagem