ainsuficiencia Cardiaca Congestiva
Henrique Bente
Médico de família e comunidade. Médico da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Florianópolis, SC. Professor do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Última revisão: 11/01/2013
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Versão resumida do capítulo original, o qual pode ser consultado, na íntegra, em Gusso & Lopes, Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática (2 vols., Porto Alegre: Artmed, 2012). Obra indicada também para consulta a outros temas de Medicina de Família e Comunidade (MFC), pela abrangência e a forma como o conteúdo é abordado, além de reunir importante grupo de autores.
Do que se trata A insuficiência cardíaca (IC) é a incapacidade do coração de manter a perfusão adequada às necessidades metabólicas dos tecidos, levando a congestão, dispneia e limitação funcional. É uma importante causa de morbimortalidade no Brasil, respondendo por um quarto das internações por doenças cardiovasculares em geral e a um terço das internações acima dos 65 anos.1 Mesmo com as opções terapêuticas disponibilizadas nos últimos 20 anos, que muito melhoram a qualidade de vida e a sobrevida das pessoas portadoras de IC, esta continua a ter um prognóstico muito reservado, comparável ao de muitas neoplasias malignas.2 Várias causas cardíacas e não cardíacas podem levar à IC (Quadro 148.1), podendo afetar tanto a função contrátil do ventrículo esquerdo quanto sua pressão de enchimento (pré-carga) e a resistência ao seu esvaziamento (pós-carga), com redução do débito cardíaco e da perfusão dos tecidos. Na tentativa de compensá-los, surgem, primeiramente, taquicardia e aumento da pré--carga e do volume circulatório e, posteriormente, hipertrofia e dilatação do ventrículo esquerdo, com piora da função contrátil. Apesar da importância de saber manejar as descompensações da IC e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas por ela, é