aids
Imunodeficiência Adquirida (Aids) assume relevância pelas altas taxas de morbidade e mortalidade. A Aids surgiu nos Estados Unidos em torno de 1979 e no Brasil, em1983 (HERMANN,1986). Desde seus primórdios, a história da Aids no Brasil tem sido marcada por respostas socioculturais relacionadas ao medo, ao preconceito e à injustiça social.
Concepções distorcidas ou completos desentendimentos sobre a forma de transmissão e contágio do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), agente etiológico da Aids, levaram a atos concretos de crueldade e discriminação (DANIEL,1991).
A princípio, eram poucos casos. Atualmente, surge um doente ou mais casos suspeitos a cada 24 horas. O número total de casos de Aids está sempre em expansão( BRASIL,2001).
O número de pessoas vivendo com HIV/aids aumentou de 30 milhões para 35,3 milhões entre 2001 e 2012. Cerca de 718 mil desses casos estão no Brasil, 56% concentrados na Região Sudeste. Em 2012, houve a notificação de 39.185 novas infecções e, no total, a doença cresceu cerca de 2% no país nos últimos dez anos(
Do ponto de vista epidemiológico, a Aids é uma doença sexualmente transmissível. Atualmente, os padrões de transmissibilidade sexual, na maioria dos países da América Latina, têm sido homo ou heterossexual. Recentes estudos epidemiológicos têm demonstrado altas taxas de incidência entre os heterossexuais, mulheres com parceiro sexual estável e usuários de drogas injetáveis, como também uma relevante incidência de subnotificação entre as populações (PINEL & INGLESI, 1986).
Não é tão surpreendente que, desde o princípio, as mais básicas respostas sociais ao HIV/Aids tenham sido de pânico e de medo, porque precisamente esta epidemia tomou forma nos meios de comunicação e na concepção popular baseada em desinformação e distorção de conceitos antes que tivesse, de fato, afetado a vida de um número