Aids
A síndrome de imunodeficiência adquirida (aids) é um problema de Saúde Pública que alcançou proporções pandêmicas. Nos últimos tempos, poucos agravos à saúde geraram tamanho grau de interesse dos profissionais de saúde, de atividade científica, de enigma e de preconceito como a aids. O número de pessoas infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), seu modo de transmissão e seu impacto na sociedade levou a aids a ser uma doença que tem uma grande dimensão social (Bennett, 1987; Velimrovic, 1987).
Na ausência de uma vacina eficaz ou tratamento efetivo para a aids, a prevenção se baseia na educação, objetivando um maior conhecimento sobre a doença, e em propostas que promovam mudanças de comportamento. Estas mudanças comportamentais são os objetivos-chave de muitos programas de controle da aids, mas os comportamentos humanos têm múltiplos determinantes, e abordagens direcionadas somente para alguns aspectos dificilmente alcançam o sucesso (Santos, 1992).
Pesquisas sobre sexualidade indicam que as práticas sexuais, como qualquer comportamento humano, têm profunda interação com as demais representações e práticas sociais, ou seja, comportamentos sexuais são social e culturalmente organizados e prescritos (Parker, 1994). Sendo assim é necessário entender o meio sociocultural no qual o indivíduo vive, seus padrões de interpretação da realidade, seus costumes locais e práticas - fatores culturais e religiosos (Janzen, 1987)
Apesar do sucesso de alguns programas educacionais voltados para homossexuais e bissexuais masculinos nos Estados Unidos da América (Kelly et al. 1991; Martin, 1987), a prevenção da disseminação do HIV tem sido particularmente difícil, seja por insensibilidade cultural, inadequação socioeconômica das propostas frente às diferentes comunidades, ou razões pedagógicas. Outro aspecto é a evolução constante da epidemia, continuamente modificando-se e necessitando de formas renovadas e adequadas de prevenção.
Sendo a prevenção, no