Aids

INTRODUÇÃO :
No Brasil, os primeiros casos de Aids surgiram na década de 1980, como praticamente em todo o mundo. O primeiro caso oficialmente reconhecido data do ano de 1983, mas sabe-se hoje que pessoas provavelmente se contaminaram com o HIV antes dessa ano, porém como se sabia pouco sobre essa nova doença, nada foi comentado e ficou no âmbito do mistério.
A sociedade brasileira, nos primeiros anos da Aids, viu-se perplexa diante de tão forte doença, ainda misteriosa, que afetava pessoas de forma mortal. Casos começam a aparecer no Brasil e foram aumentando. Junto com eles veio o medo e a desinformação que, motivados por uma mentalidade que associou a Aids aos homossexuais, primeiro grupo no qual apareceu a Aids nos EUA e levou à designação da doença como a “peste gay”, fez surgir o preconceito e a marginalização dos contaminados.
Na primeira década da Adis no Brasil, o vírus HIV se difundia com muita rapidez. O número de infectados aumentavam muito e logo morriam, pois pouco se fazia para cuidar desses doentes, mesmo porque pouco ou quase nada se conhecia sobre esse vírus e como poderia tratá-lo. Mas o problema foi o grande preconceito em torno dos infectados, .
Os problemas políticos e econômicos nos países também contribuíram negativamente para a rejeição dos infectados pelo HIV e pela falta de interesse do poder público em fazer algo. A medicina também não sabia o que fazer, pois essa nova doença acabou com o ideal da ciência médica de dominar toda a natureza biológica humana. Num momento que ela se envaidecia a cada dia pelas suas descobertas, sobretudo em relação a medicamentos eficazes no combate a doenças infecto-contagiosas, surge um vírus poderoso, resistente a todos os medicamentos conhecidos. A religião também ficou desorientada, sua moral, sobretudo a católica, fez aumentar mais o medo e o preconceito de que qualquer outra coisa. Política, medicina e religião não souberam fazer ou dizer nada que pudesse oferecer alguma orientação à cura ou,