Agrotóxicos: Um problema invisibilizado
Cleber Adriano Rodrigues Folgado
Introdução:
Desde o fim da segunda guerra mundial, a lógica industrial passa a exercer forte influência sobre a agricultura, que por sua vez passa a adotar um pacote tecnológico que causou desde então grandes transformações na agricultura. No primeiro momento o que ficou chamado de Revolução Verde tornou-se um modelo que os diferentes governos com apoios internacionais trataram de implementar em seus países. Essa mesma lógica de ação do capital na agricultura se desenvolve e no último período passa a atuar no campo com o nome de agronegócio. Tal modelo de produção tem alguns pilares de sustentação e entre eles esta o uso intensivo de agrotóxicos. Os agrotóxicos como restos de guerra que foram adaptados para a agricultura atuam como biocidas, ou seja, são destinados a matar algum organismo vivo. Porém os resultados do uso destes produtos causam uma enormidade de problemas para o conjunto da sociedade, problemas relacionados às questões de saúde, ambiente, economia, etc. As empresas que atuam nesse mercado são verdadeiros oligopólios que detêm muito poder econômico e que por sua vez conseguem exercer influência política inclusive na política agrária e agrícola de diversos países. Muitas dessas empresas têm sua renda líquida maior que o PIB de muitos países do mundo. Tal poderio das empresas encontra no caso brasileiro a opção do governo em adotar o agronegócio como modelo prioritário de produção agrícola, dessa forma, esta opção, influência nas decisões tomadas, ao ponto de que o Estado se torna um dos principais instrumentos de garantia da utilização dos agrotóxicos e da manutenção invisibilidade dos problemas gerados por eles. Frente a estes problemas, vemos a sociedade civil com pouca organização popular para enfrentar o problema, até mesmo porque em sua grande maioria, existe um desconhecimento da problemática, e também das possíveis alternativas. Tais problemas fazem com