agronomia e internet
Dos últimos eventos internacionais aos quais tenho assistido, parecem emergir dois assuntos que têm muito a ver com a agricultura e o agronegócio no Brasil. O primeiro pode ser enunciado de forma muito simplista com esta frase: os ricos do mundo desenvolvido não estão preocupados com a agricultura; comer e beber não é um problema para eles. Em outras palavras, a agricultura é uma questão pouco relevante do ponto de vista dos grandes negócios. É um assunto de pobres, e portanto, não entra nas agendas dos discursos econômicos privados. É um problema dos governos, cuja função é gastar dinheiro de contribuintes para garantir o abastecimento de todos, venha da onde vier a comida. Claro que por motivos logísticos ou estratégicos, eles defendem a proteção aos agricultores dos mesmos países ricos, até para evitar que estes deixem sua atividade e venham criar problemas sociais nas cidades, ao disputar empregos urbanos Mas o essencial é isto: os ricos gastam tão pequena parcela do seu orçamento para comer que a agricultura não entra na pauta de suas discussões. Daí se entende a vigorosa ação protecionista de seus governos. Ao proteger os agricultores, mesmo à custas de subsídios imensos( pagos gostosamente pelos ricos cidadãos urbanos) , governos asseguram abundância de comida, renda para os produtores rurais,