Agronegócio no Mercosul
Fernando Martins
Luís Renato Oliveira
Janeiro de 2012
Agronegócio no Mercosul: transformações do passado e promessas para o futuro
Em menos de trinta anos o Brasil deixou de importar alimentos e se tornou uma das principais potências mundiais em exportação de culturas agrícolas. Entender o que permitiu essa transformação é um importante primeiro passo para participar das oportunidades de negócio que surgirão daqui para a frente.
Nas próximas páginas,encontra-se um breve resumo que explica as principais mudanças ocorridas e as suas implicações.
Fernando Martins
Luís Renato Oliveira
Fernando Martins é Sócio do escritório de São Paulo
Luís Renato Oliveira é Principal do escritório de São Paulo
Colaboraram: Erik Santana e Ricardo Silva, consultores associados do escritório de São Paulo.
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Resumo Executivo
A América do Sul, e principalmente o Mercosul, é hoje um dos mais importantes produtores e exportadores agrícolas do mundo. No entanto, essa vocação de “celeiro da humanidade” não era natural e tampouco óbvia para a região – exceto talvez para a Argentina, que já produzia e exportava trigo há mais de um século. Brasil, Paraguai, Bolívia e outros eram, ainda em
1980, grandes importadores de alimentos para suas demandas internas. Essa situação foi silenciosamente alterada ao longo dos últimos trinta anos, em países de poucos recursos tecnológicos e com governos por vezes desestruturados e sem capacidade de investimento.
Essa transformação se deve aos esforços de entidades de pesquisa, como a Embrapa
(Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), produtoras de sementes (que adaptaram sementes e métodos de preparo de solo e plantio) e, principalmente, ao suor empreendedor de agricultores brasileiros e argentinos que dedicaram vidas e por vezes gerações