Agronegocios
As perdas da produção de grãos em Mato Grosso causadas por problemas desde a lavoura até o destino final da produção (portos) podem ser de 12% independente da cultura. O Estado na safra 2011/2012 deve colher 40,22 milhões de toneladas de grãos, sendo um ciclo histórico, dos quais 21,3 milhões são de soja e 15,6 milhões de milho 2ª safra. Produtores frisa que a maior perda de fato está no transporte com as péssimas condições das rodovias e acidentes, onde em alguns casos o caminhão chega a tombar acarretando perda de 30% da carga. Para o setor, a solução está em capacitação para operação das máquinas, construção de armazéns mais próximos das fazendas e menor distanciamento do transporte com a implantação de ferrovias e hidrovias.
As perdas “dentro da porteira”, conforme os produtores, vão desde problemas com o clima, doenças, máquinas velhas e más regulagens até mesmo queimadas, como recentemente se viu em Sinop e Santa Rita do Trivelato, no qual nesta última, segundo o produtor de Nova Mutum, Naildo Lopes, uma área de 100 hectares de milho pegou fogo. “A palha estava seca e qualquer coisinha, até mesmo um pedacinho de plástico exposto ao sol contribui para que o fogo comece. Acredito que as perdas das safras variem de 0,5% a 2%. Mas o maior problema das perdas está nas rodovias”, diz. O produtor Leonildo Barei, de Sinop, comenta ter perdido cerca de 7% da sua produção de grãos (soja e milho) nesta safra desde o momento do plantio até a chegada dela nos portos. “Creio que 4% tenha sido na lavoura durante a colheita. A máquina tem vida útil de 10 anos e quanto mais velha, mais perdas há. Tenho uma com mais de 10 anos”
O fato das rodovias é confirmado pelo produtor Jair Guariento, de Primavera do Leste. Ele comenta que quando um caminhão tomba, por exemplo, por mais que se recolha a carga, 30% dela é perdida com saques e o que fica nos acostamentos. Isso quando o caminhão não tomba em uma área difícil de