Agricultura

Sou tecnico em agropecuária, e beneficiario de um projeto de crédito fundiário no municipio de Francisco Beltrão- Paraná, e sou leitor constante de suas colunas.

Conhecendo a realidade do programa de crédito fundiário e banco da terra digo com certa experiencia que não é grande negócio para o agricultor familiar, pelo menos aqui no estado do Paraná, acessar esse tipo de programa, isso devido a vários motivos: 1. alto juro, so para fazer uma comparação o pronaf mais alimento tem juro de 2% ao ano e 3 anos de carencia sem juros e com até 10 anos para pagar liberando até 100 mil por projeto, o programa de crédito fundiário tem juros que variam de 2 a 5 % ao ano com 3 anos de carencia, até 20 anos para pagar e valor de até 80 mil e com bonus de adimplencia de até 50 % do juro e no sul tem um bonus ridiculo de 10 %; 2. altos preços das terras, com o alto preço das terras aqui no estado se dividirmos apenas o capital dá 4.000,00 ao ano mais o juro, para quem com 80 mil consegue comprar no máximo 10 ha, bom ai o grande desafio da familia é conseguir estruturar a propriedade (casa, galpão, estabulo, cerca, luz,...) em tres anos, manter a familia, e ainda economizar a parcela da terra; 3. falta de ATER adequada e com propostas técnicas sustentáveis para cada realidade; 4. instabilidade climática;
Em minha opinião o programa de credito fundiário é de extrema importancia para o reordenamento agrario pois possibilita porem o governo deve melhorar alguns pontos como a viabilização dainfraestrutura básica das propriedades, aumento do valor disponível, aumento dos prazos, exclusão de juro e programa de ATER específico com metodologia adequada para este programa que leve em consideração a produção sustentáve, organização dos beneficiarios através de cooperativas economia solidária que darão independencia para o processo de produção e comercialização dos produtos quando acabar a intervenção técnica no local.

Fico feliz que em algums locais