Agricultura orgânica
É o sistema de produção agrícola que não usa fertilizantes sintéticos, agrotóxicos, ou qual quer outros produtos químicos que venham a interferir negativamente sobre o meio ambiente e a saúde dos seres vivos envolvidos. Esta prática visa o equilíbrio entre a natureza e o homem, adotando técnicas integradoras e apostando na diversificação de culturas. Sempre que possível baseia-se no uso de estercos animais, rotação de culturas, adubação verde, compostagem e controle biológico de pragas e doenças.
Para tanto, apoia-se em quatro fundamentos básicos: respeito à natureza, o solo como organismo vivo, independência dos sistemas de produção, e a diversificação de culturas.
História
A agricultura orgânica moderna surgiu na década de 60 quando produtores e consumidores começaram a reconhecer que a utilização de insumos químicos na produção de alimentos poderia causar sérios problemas à saúde da população e ao meio ambiente. Desde 1990 a agricultura orgânica vem crescendo rapidamente, tanto em área cultivada como em número de produtores e mercado consumidor.
Atualmente são produzidas 300 mil toneladas de orgânicos por ano, movimentando um mercado de aproximadamente US$ 70 milhões. Já existem no país cerca de 20 mil propriedades certificadas e em processo de transição, Sendo a maioria destas pertencentes à agricultura familiar, aproximadamente 70%. O Brasil responde por 3,77% do consumo mundial, com cerca de US$ 100 milhões por ano, e vem experimentando um bom crescimento médio anual de mercado em torno de 30%, acima dos índices europeus que está na ordem de 15 a 20%.
O governo apoia este tipo de sistema na forma de financiamentos aos produtores, e incentiva projetos de transição de sistemas convencionais para sistemas orgânicos.
SISTEMA CONVENCIONAL VERSUS SISTEMA ORGÂNICO
O uso de métodos não sustentáveis na agricultura convencional tem provocado grandes agressões ao meio ambiente: erosão, infertilidade, desertificação, contaminação