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1. INTRODUÇÃO

A quem interessa aprender algo que não servirá para nada?

Conta-se que havia um homem que aprendera a matar dragões e dera tudo o que possuía para se aperfeiçoar nesta arte. Após gastar muitos anos de sua vida, estando perfeitamente preparado para tal, teve uma grande frustração: viu que não podia mais praticar o ofício, pois não havia mais dragão algum para matar. Como resultado, ele resolveu ensinar como matar dragões (Dschuang Dsi e René Tham).

De um lado, a dinâmica social carece de pessoas com novas posturas e atitudes, tolerantes, atuantes... e, de outro ainda encontramos muitas escolas que pouco contribuem de fato com a formação de personalidades críticas, ativas e propositivas, que façam a diferença nos problemas e soluções de mundo e da sociedade particularmente em relação a água.
Salientando o destaque e a exigência com que o tema tem aparecido na interlocução internacional, inclusive como um problema agravante, merece atenção e urgência uma abordagem Intertransdisciplinar, a problemática da água. Como lidar matematicamente com o assunto? Em que medida uma exploração sócio-matemática da questão pode criar ou reforçar iniciativas que promovam um maior cuidado com a água? Será possível aproveitar o tema para discussões interessantes, fazendo uso de diferentes “ferramentas matemáticas” para seu estudo e compreensão?
A escolha deste tema para construção do artigo surgiu devido à necessidade de esclarecer algumas ideias que podem ajudar no desenvolvimento pedagógico de estudos e ações socioambientais e educativas sobre a água, em ambiente escolar numa perspectiva matemática.
Uma característica intrínseca à matemática é a ordenação e a organização de informações. Infelizmente, poucas vezes os alunos são motivados para tal, a partir de seus estudos, coletas de dados... se queremos estudantes autônomos, críticos e criativos, precisamos fugir do “tudo pronto”, do “tudo dá certo”, da “resposta única”. Neste sentido, o uso e a manipulação de