Administração
Publicado em 03/04/2010 às 15h30
“Comecei vendendo mexericas, aos 12 anos. Aí aprendi os fundamentos do varejo: cobrir qualquer oferta e tratar bem o cliente”. Assim começa a história empresarial de Ricardo Nunes, 40 anos, presidente da nova gigante varejista do Brasil, batizada de Máquina de Vendas. O anúncio da fusão entre a empresa de Nunes, Ricardo Eletro, e a baiana Insinuante é um novo símbolo da classe média emergente e do poder de consumo do brasileiro. A Máquina de Vendas, unindo as forças das duas companhias, tem 520 lojas, presentes em 16 estados e no Distrito Federal, 15 mil funcionários e previsão de faturamento de R$ 5 bilhões em 2010. O plano é dobrar o faturamento e o número de funcionários até 2014. Ricardo falou a Época Online sobre seus projetos e seu jeito de trabalhar segredos de sucesso.
ÉPOCA – Como o senhor lida com dinheiro? Investe em quê?
Ricardo Nunes – Para mim, o dinheiro é um meio de realizar os projetos, de ampliar a empresa. Invisto nela, para ela se tornar mais competitiva.
ÉPOCA – O senhor já disse admirar seu concorrente Samuel Klein, fundador das Casas Bahia. Por quê?
Nunes – Ter uma empresa tão grande, com tantos funcionários e por tanto tempo, é um grande feito. O país já teve altos e baixo, e mesmo assim, as Casas Bahia permaneceram.
ÉPOCA – Existem rumores sobre a Ricardo Eletro ter dívidas demais e receber reclamações demais. Isso é verdade?
Nunes – A fusão com a Insinuante foi avalizada por uma consultoria grande, a Price, e já responde a essas críticas. As duas empresas entraram com o mesmo passivo, são saudáveis e tem caixa próprio para crescer. Quanto à qualidade dos produtos, vendemos marcas de grandes fabricantes nacionais e internacionais, as mesmas dos concorrentes.
ÉPOCA – A Ricardo Eletro sempre se propôs a oferecer preços menores que os da concorrência. Como conseguir lucro desse jeito?
Nunes – A empresa foi moldada para o preço baixo. Assim, o