administração
INTRODUÇÃO A matriarca Dalva foi trabalhar fora, como corretora de imóveis, mas manteve a tradição do pão de queijo feito em casa.
No final dos anos 80, Mendonça, recém-formado em administração, abriu um café em Belo Horizonte, onde vendia pão de queijo que Dalva preparava, em casa nos finais de semana, e congelava. "Era o que saía mais e minha mãe não dava mais conta de fazer tanto pão", diz Mendonça. "Vendi o café e, com o dinheiro, abri uma fábrica de pão de queijo."
Nos nove anos transcorridos até a venda da empresa, o crescimento chegou a uma média de 30% ao ano. Em 1999, as vendas foram de 60 milhões de reais, e a produção, 1 600 toneladas.
O leite e o queijo usados na receita vinham de um laticínio próprio. Para erguê-lo, Mendonça recorreu a empréstimos, que se tornaram difíceis de pagar.
"As dívidas foram um dos motivos que me fizeram vender o negócio", diz. "Decidi que nunca mais faria algo assim novamente." Com o dinheiro da venda da empresa, Mendonça participou da construção de alguns shoppings.
O não às dívidas foi sério. Em 2010, quando precisou de 40 milhões de reais para comprar equipamentos, ampliar a fábrica e aumentar o quadro de funcionários, Mendonça procurou investidores.
Escreveu um plano de expansão, analisado pelos gestores do fundo carioca Mercatto, que investe em negócios emergentes do setor de alimentos. O Mercatto comprou um terço da Forno de Minas — e, além de dinheiro, colocou um executivo para administrar as finanças.
Investimentos e boa gestão são vitais para ampliar o catálogo de produtos e, assim, fazer a Forno de Minas crescer. Já foram lançadas empadas, tortas, empanadas e waffles congelados, que chegam ao varejo nos mesmos caminhões que levam o pão de queijo. Nos próximos meses, entrarão no mercado massas frescas congeladas, como macarrão e ravióli.
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