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As Línguas de Sinais e as Comunidades Surdas

1. O universal nas línguas

Não se tem registro de quando os homens começaram a desenvolver comunicações que pudessem ser consideradas línguas. Como as línguas de modalidade oral-auditiva, as línguas de sinais também não têm registro de utilização, mas sabe-se que elas existem há muitos e muitos anos. O mais antigo registro que trata sobre "Língua de Sinais" é de 368 aC, escrito pelo filósofo grego Sócrates, quando perguntou ao seu discípulo: "Suponha que nós, os seres humanos, quando não falávamos e queríamos indicar objetos, uns para os outros, nós o fazíamos, como fazem os surdos mudos sinais com as mãos, cabeça, e demais membros do corpo ?" [1] Na Bíblia também pode ser encontrada uma menção sobre essa modalidade de comunicação, segundo Burnier (1999): “ Na Bíblia Sagrada encontramos os familiares comunicando-se com o sacerdote Zacarias por meio de sinais, Vejamos:”E perguntava ao pai, com acenos, como queria que o chamassem” (Ev. De S. Lucas 1,62)” Mas estudos lingüísticos propriamente ditos sobre estas línguas de sinais somente começaram a partir da década de setenta. Essas pesquisas sobre as línguas de sinais vêm mostrando que elas são comparáveis em complexidade e expressividade a quaisquer línguas orais. Estas línguas expressam idéias sutis, complexas e abstratas. Os seus usuários podem discutir filosofia, literatura ou política, além de esportes, trabalho, moda e utilizá-la com função estética para fazer poesias, estórias, teatro e humor. Como toda língua, as línguas de sinais aumentam seu inventário lexical com novos sinais introduzidos pelas Comunidades Surdas em resposta à mudanças culturais e tecnológicas. As línguas de sinais não são universal, cada língua de sinais tem sua própria estrutura gramatical. Assim, como as pessoas ouvintes em países diferentes falam diferentes línguas, também as pessoas surdas por toda parte do mundo, que estão inseridas em “Culturas

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