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2º. ENCONTRO PRESENCIAL DE FUNDAMENTOS DE SOCIOLOGIA DO DIREITO
LEITURA COMPLEMENTAR

ÉMILE DURKHEIM (1858-1917): Sociólogo francês que elaborou célebre teoria demonstrando como o suicídio, mais do que um simples ato individual de desespero – resultante de uma desordem psíquica –, é um fenômeno fortemente influenciado por forças sociais ou, mais especificamente, um fenômeno relacionado ao grau de solidariedade social existente nos diferentes grupos sociais. De acordo com Durkheim, quanto maior o grau de compartilhamento de crenças e valores entre os membros de um grupo, e quanto mais freqüente e intensamente eles interagem, maior o grau de solidariedade social deste grupo; quanto maior o grau de solidariedade social, mais firmemente os indivíduos estão ancorados no mundo social, e menor probabilidade haverá de cometerem suicídio se alguma adversidade abater-se sobre eles. O desenvolvimento dessa teoria levou Durkheim à classificação das sociedades, entre aquelas regidas pela chamada “solidariedade mecânica” – sociedades mais primitivas, com predomínio de tradições e crenças coletivas – e aquelas onde ocorre a chamada “solidariedade orgânica” – sociedades mais complexas, com alto grau de diferenciação entre os indivíduos face à intensificação da especialização ou divisão do trabalho.

MAX WEBER (1864-1920): Dentre diversas contribuições essenciais à sociologia, Weber desenvolveu uma relevante teoria sobre a “dominação”, ou seja, a probabilidade de determinada ordem encontrar obediência na sociedade; para ele, dos diversos motivos de submissão da sociedade às ordens emanadas pelos detentores do poder, podemos identificar três tipos puros (ou tipos ideais) de dominação: a chamada dominação legal, que ocorre quando a obediência a determinada ordem ou autoridade se estabelece não em razão da pessoa que emite a ordem, mas à existência de regras e de uma estrutura legal que demanda tal obediência; a dominação tradicional, que se dá em virtude da crença na