Adm em pub. fique atento
Por Benedict Carey
The New York Times
As pessoas comem barras de chocolate em pedaços, esperando e saboreando. Elas espaçam seus cigarros ao longo do dia, suas sessões de fofocas, suas ligações para amigos. Elas gostam de seus esportes com intervalos, e praticam sua religião com jejuns e períodos de autonegação, como a Quaresma.
Então por que aquela interrupção dos comerciais sempre estraga os programas de TV?
Talvez elas não estraguem. Em dois novos estudos, pesquisadores que estudam o comportamento consumidor argumentam que interromper uma experiência, seja ela tediosa ou agradável, pode torná-la significativamente mais intensa.
"O mote é que os comerciais tornam os programas mais agradáveis de ver. Mesmo os comerciais ruins", disse Leif Nelson, professor-assistente de marketing da Universidade da Califórnia, em San Diego, e co-autor da nova pesquisa. "Quando digo isso às pessoas, elas apenas ficam me encarando, sem acreditar. As descobertas são ao mesmo tempo implausíveis e empiricamente coerentes."
Ao longo dos anos, pesquisas psicológicas descobriram que as pessoas nem sempre estão muito certas do que as faz feliz. Ao falar sobre seu próprio bem-estar, elas demonstram um tipo de equilíbrio: após uma perda (um divórcio, digamos) ou um ganho (uma promoção), elas geralmente retornam com o tempo ao mesmo nível de felicidade de antes. Os humanos se habituam rapidamente, à privação e à prosperidade, à guerra e à paz.
Prazeres ainda mais modestos - uma xícara de café pela manhã, uma caminhada à tarde, um uísque antes de dormir - parecem seguir uma lei de retornos cada vez menores. "O álcool é como o amor", diz um personagem no livro "The Long Goodbye", de Raymond Chandler. "O primeiro beijo é mágico. O segundo é íntimo. O terceiro é rotina."
Para Sonja Lyubomirsky, psicóloga da Universidade da Califórnia em Riverside e autora do livro "The How of Happiness," isso levanta uma questão provocativa: "Se você se adapta tão rapidamente a