aconselhamento pastoral e psicologia
1. As abordagens da Psicologia vinculadas a temáticas da religião.
Dentre as abordagens da Psicologia que se vinculam à religião, duas se destacam: a existencial e a humanista. Uma boa abordagem da psicologia existencial é apresentada a partir do estudo do pensamento de Viktor Frankl e da humanista por Carlos Rogers.
Victor Emil Frankl, valeu-se de sua experiência de prisioneiro em campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial para, a partir de suas observações sobre a atitude das pessoas diante do sofrimento, delinear sua linha de pensamento, que denominou logoterapia, que tem como um de seus pressupostos o de que o interesse principal do ser humano não é obter prazer ou evitar a dor, mas encontrar um sentido na vida. Para ele, o sentido de vida pode ser encontrado no amor, na capacidade de criação e mesmo no sofrimento e a experiência religiosa, ainda que não contemple totalmente este sentido, é um espaço muito importante para ele.
Carlos Ransom Rogers, por volta de 1920, ministrou cursos de técnicas de aconselhamento a pastores norte-americanos. Rogers enfatizava a interação mais próxima entre aconselhador e aconselhando e a importância da empatia, ou seja, de sempre levar em conta o outro como ser humano, para, assim, tratarem-se seus problemas sem preconceitos, e da confiança, no próximo e, consequentemente, em si mesmo. Ele também enfatizou o aconselhamento como fator de ajuda no crescimento interpessoal e enfatizou a necessidade de as pessoas comunicarem suas experiências de vida com suas tomadas de consciência, ou seja, a necessidade de congruência.
Como fica claro, tanto a abordagem existencial quanto a humanista da Psicologia guardam vinculação com a religião. A abordagem existencial, por identificar que as pessoas necessitam de um sentido para suas vidas, o que é oferecido pela religião, ainda que, evidentemente, não de forma exclusiva. Já a abordagem humanista tem um vínculo ainda mais