ACIDENTES
Qualidade de vida dos trabalhadores de enfermagem das unidades de pronto socorro de um hospital universitário
Heronwaldo Borges Assunção1; Sybelle de Souza Castro Miranzi2; Fabio Scorsolini-Comin3
RESUMO
Este estudo exploratório e transversal, realizado em um hospital universitário, teve por objetivo avaliar a qualidade de vida dos profissionais de enfermagem de Unidades de Pronto Socorro. Utilizaram-se dois questionários autoaplicados: WHOQOL-bref e perfil socioeconômico. Para análise dos dados utilizou-se estatística descritiva e sintaxe do WHOQOL-bref. Dos 51 trabalhadores, 62,7% relataram não ter qualquer problema de saúde. Apesar de 64,7% estarem bastante satisfeitos com seu trabalho, 29,4% têm mais de um vínculo empregatício e 21,6% trabalham mais de 12 horas por dia. Os participantes apresentaram uma avaliação positiva para a qualidade de vida geral, diferentemente da hipótese inicial do estudo.
Palavras-chave: Qualidade de Vida. Equipe de Enfermagem. Saúde do Trabalhador. Assistência de Enfermagem.
1 INTRODUÇÃO
Na vida cotidiana, o trabalho representa um status para o indivíduo, uma maneira de viver e de comportar-se, além de ser um meio de garantir a própria sobrevivência. É parte importante do ser humano, com uma série de implicações sociais e psicológicas em sua vida (CÂNDIDO, 2004). O trabalho também pode ser visto como uma ação humana desenvolvida em determinado contexto social, que recebe várias influências, resultando em uma reciprocidade entre o trabalhador e os meios de produção (sociedade).
No atual contexto social e econômico, a principal característica é a demanda por parte das organizações de uma crescente atenção com seus ativos intangíveis (pessoas, marca, valor de mercado) (OLIVEIRA; LIMONGI-FRANÇA, 2005). Há algumas décadas, a competitividade de várias organizações estava ligada ao tamanho e complexidade de sua estrutura física. Hoje, aspectos como o