Acidente vascular cerebral
INTRODUÇÂO
O termo Acidente Vascular Cerebral, também conhecido como ‘derrame’, significa o comprometimento súbito da função cerebral por inúmeras alterações histopatológicas que envolvem um ou vários vasos sanguíneos intracranianos ou extracranianos. O grande problema desta patologia não se encontra apenas no elevado índice de mortalidade, mas, sim, na incapacitação que impõe ao indivíduo, como por exemplo, não se alimentar ou locomover sozinho além do problema social (Neto 2002).
O ataque vascular cerebral pode ser definido como um déficit neurológico focal súbito devido a uma lesão vascular. Este termo evoluiu nas últimas décadas para incluir lesões causadas por distúrbios hemodinâmicos e da coagulação, mesmo que não se tenha alterações detectáveis nas artérias ou veias (André, 1999).
Aproximadamente 80% dos acidentes vasculares cerebrais (AVC) são causados por um baixo fluxo sangüíneo cerebral (isquemia) e outros 20% por hemorragias tanto intraparenquimatosas como subaracnóideas (Neto 2002).
O acidente vascular isquêmico consiste na oclusão de um vaso sangüíneo que interrompe o fluxo de sangue a uma região específica do cérebro, interferindo com as funções neurológicas dependentes daquela região afetada, produzindo uma sintomatologia ou déficits característicos (Aspesi e Gobatto,2001).
No acidente vascular hemorrágico existe hemorragia (sangramento) local, com outros fatores complicadores tais como aumento da pressão intracraniana, edema (inchaço) cerebral, entre outros, levando a sinais nem sempre focais (Aspesi e Gobatto,2001). Estes índices são maiores entre negros, pois a raça negra exibe maior tendência ao desenvolvimento do acidente vascular cerebral, provavelmente por maior tendência genética de desenvolver hipertensão arterial sistêmica (André, 1999). Cerca de 40 a 50% dos indivíduos que sofrem um acidente vascular cerebral estarão mortos após 6 meses. A maioria dos sobreviventes exibirá deficiências