Acidente Nuclear no Japão
O acidente nuclear na usina de Fukushima, no Japão, após o terremoto seguido de tsunami que atingiu a costa nordeste do país, reacendeu a discussão sobre vantagens e desvantagens das diferentes matrizes energéticas do Brasil e dos principais atores globais. Na Europa, a Alemanha fechou metade de suas usinas e pretende aposentar mais nove reatores até 2022. No Brasil, o Plano Nacional de Energia prevê a construção de quatro novas usinas até 2030, além de Angra 1 e 2, que já operam, e Angra 3, que deve ser inaugurada em 2015.
Também no capítulo energia, vale lembrar as controversias causadas pela construção da usina de Belo Monte, no Pará. Planejada para ser a terceira maior hidrelétrica do mundo, Belo Monte vem provocando reações de grupos de preservação, que questionam os impactos ambiental e humano. Diante do temor provocado após a tragédia em solo japonês, alguns países da União Europeia já começaram a testar novos modelos de segurança, pois, o tsunami revelou um ponto muito vulnerável nos reatores. O Brasil conta hoje com duas usinas nucleares, Angra 1 e 2, que produzem cerca de 15 milhões de MW/h por ano. Isso significa energia suficiente para abastecer Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Angra dos Reis durante um ano. Ainda é pouco. A participação da energia atômica na matriz enérgica brasileira é de 3%, enquanto as hidrelétricas respondem por mais de 80% da energia consumida no país. Mesmo com a construção das quatro novas usinas previstas para as próximas duas décadas, o cenário não vai mudar... O gás natural e as fontes eólicas, por exemplo, terão um aumento muito superior.