acentuação grafica
Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo nasceu a 14 de abril de 1857, em São Luís do Maranhão. Inicia os estudos em sua terra natal, indo depois estudar pintura e desenho, no Rio de Janeiro. Trabalha como caricaturista em jornais políticos e humorísticos. A morte do pai o faz retornar ao Maranhão, onde escreve alguns artigos de caráter político, influenciado pelo materialismo positivista, atacando os conservadores, a tradicional sociedade maranhense e o clero. Publica seu primeiro romance, "Uma Lágrima de Mulher", em 1880. No ano seguinte, choca a sociedade maranhense ao publicar "O Mulato" (primeiro romance naturalista da Literatura Brasileira). Retorna ao Rio de Janeiro, onde passa a viver da venda de seus escritos, o que mal lhe garantia o sustento. Cansado dessa situação, em 1895, o romancista presta concurso para o cargo de cônsul. Aprovado, ingressa na vida diplomática e abandona de vez a literatura. Falece a 21 de janeiro de 1913, em Buenos Aires, Argentina. Por tentar profissionalizar-se como autor, acabou produzindo uma obra diversificada e de qualidade desigual. De um lado, romances românticos (que o autor chamava de "comerciais") seguindo perfeitamente a receita folhetinesca; de outro, romances naturalistas (chamados pelo autor de "artísticos"). Ao primeiro grupo pertencem os romances: "Uma Lágrima de Mulher"; "Memórias de Um Condenado"; "Mistérios da Tijuca"; "Filomena Borges"; "O Esqueleto"; e "A Mortalha de Alzira". Ao segundo, pertencem os três maiores romances de Aluísio: "O Mulato", "Casa de Pensão"; e "O Cortiço". É importante citar que essa divisão não constitui fases, como no caso de Machado de Assis, os romances românticos eram alternados com os naturalistas. É como naturalista que o autor deve ser estudado. Seguindo as lições de Émile Zola e Eça de Queirós, o autor escreve romances de tese, com clara conotação social. É nítida a preocupação com as classes marginalizadas pela sociedade, a crítica