Aceite este lindo presente!
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s. Sendo a TV plenamente popularizada há apenas trinta anos, estamos diante da primeira geração que está exposta desde que nasceu a uma televisão, além de ter os pais já culturalmente afetados por ela, e possivelmente com capacidade de discernimento comprometida, uma vez que a TV influencia e molda comportamentos, já a partir da infância, como descreve Sartori13: “O argumento de que uma criança com menos de três anos não compreende aquilo que está a ver, mas, por isso mesmo, “absorve” a violência como um modelo excitante, e porventura vencedor, de vida adulta, é sem dúvida verdade. Mas por que (sic) limitá-lo à violência? A verdade maior, e global, é que a criança cuja primeira escola (a escola divertida, que precede a escola aborrecida) é a televisão, é um animal simbólico que recebe o seu inprint, o seu cunho formativo, através das imagens de um mundo todo ele centrado no ver. Nesta Paidéia, a predisposição para a violência é, dizia eu, apenas um aspecto do problema. O problema é que a criança é uma esponja que registra e absorve indiscriminadamente (visto não ter ainda capacidade de discriminação) tudo aquilo que vê. Ao mesmo tempo, e na vertente contrária, a criança formada pelo ver limita-se a ser um homem que não lê e, conseqüentemente, na maioria das vezes, um “desmiolado pelo vídeo”, que se dedica aos videogames pela vida afora.” O caráter passivo da TV como instrumento de contemplação é perfeito para toda a família e especialmente para o trabalhador que retorna à sua casa depois de um dia de trabalho. Pensar exige esforço, discernimento. Tudo que é preciso fazer é sentar em frente à TV após um dia de trabalho (o chamado horário nobre, mais caro da programação) e relaxar, deixando-se levar pelas imagens que lhes são sugeridas, enquanto seus sentimentos são explorados incessantemente pelo marketing, que cria novas necessidades, novas formas, novos produtos a todo o momento, garantindo assim não só a reprodução do sistema, mas, sobretudo, a sua