Aceitar presente
Não perdendo de vista toda a realidade mundial, vemos que as cidades de nossa Diocese seguem os passos da dependência econômica. Com grande facilidade as grandes firmas estrangeiras dominam a nossa economia. Redes internacionais de supermercados e lojas da todo o tipo investem entre nós, em nossas economias são absorvidas por elas. Sofremos constantemente a conseqüências de uma enorme dívida externa que o povo, como tal, não fez, mas arca com sua responsabilidade. Constatamos que nos últimos decênios houve considerável avanço da tecnologia trazendo incomparáveis conquistas no processo de produção. Contudo salientamos que esse considerável avanço técnico trouxe benefícios apenas para uma minoria.
ASPECTO SOCIAL
Nossa Diocese apresenta uma situação social carregada de fortes conseqüências do que apontamos anteriormente. O grande número de desempregados e sub-empregados vivem a disputar um lugar com os que, ditos empregados, na realidade vivem assalariados. O custo de vida assombroso, aos poucos levam famílias inteiras no desespero da sobrevivência. Existe uma necessidade gritante em todos os setores básicos: alimentação – saúde – educação e habitação. Pagamos o preço da dependência econômica. Diante dessa realidade percebemos, contudo, que já existem grupos com uma caminhada na conscientização social. São os grupos de lutas populares, consciência negra, associação de bairros e outros. Cada vez mais se percebe que a libertação jamais vai ser uma oferta dos que estão no poder, e sim uma conquista.
ASPECTO POLÍTICO
Nos últimos anos, após a “abertura política” do regime de transição, o povo acreditou que haveria mudanças substanciais em nossa realidade política. Nas cidades de nossa Diocese, como em todo lugar, isso também aconteceu.
Mas, a ilusão foi total. Vemos os políticos (politiqueiros) sempre no seu jogo, e as manifestações populares sendo cada vez mais manipuladas por um populismo acentuado. Não obstante isso o povo continua a se