Abordagem psicanal tica sobre pedofilia
O assunto pedofilia, apesar de ser um assunto ainda tabu e de grande interesse para a sociedade atual. Ainda não é encarado com a devida atenção, a sociedade apesar de estar frente a frente com a gravidade do problema, parece fechar os olhos para o assunto. Sem dúvida nenhuma, a palavra pedofilia causa um tipo de manifestação interna a quem a escuta. Ex: nojo, medo, revolta. Entender o que passa na cabeça de um pedófilo para abusar sexualmente uma criança, nos remete a assuntos complexos e muitas vezes não compreendidos socialmente.
De um ponto de vista psicanalítico, lançado por Fani Hisgail, a pedofilia representa uma perversão sexual que envolve fantasias sexuais da primeira infância abrigadas no complexo de Édipo, período de intensa ambivalência das crianças com os pais. O ato pedófilo caracteriza-se pela atitude de desafiar a lei simbólica da interdição do incesto. O adulto seduz e impõe um tipo de ligação, na tentativa de mascarar o abuso sexual. (...) Sem defesa, a criança reagi até onde podemos, uma vez submetida ao gozo do pedófilo, cumpre a fantasia inconsciente da cena primaria, isto é da participação sexual da criança na relação dos pais.
“O que faz desse problema uma patologia é o fato de o indivíduo só atingir o gozo, o prazer sexual única e exclusivamente por meio do objeto escolhido, o fetiche. Esse é um dado importante: aquele que sofre de perversão sexual não consegue realizar seu desejo de outra maneira que não seja fetiche.”
Desta forma o pedófilo utiliza-se da atenção, gentileza, e agrado (ex: presentear) para se conquistar a confiança de uma criança. Após esta conquistada, o próximo passo é distancia-la do contato familiar, buscando sempre potencializar os problemas familiares como uma forma de falso apoio, aproximando-se ainda mais das vítimas. Contudo a conquista se torna cada vez mais profunda, pois ele busca conhecer e atualizar-se sobre todos os gostos da criança. Diante a tudo que abordamos,