Abastecimento
O progresso de uma nação depende, em primeiro lugar, do desenvolvimento dos seus municípios e estados. Para que esses progridam é necessário levar em consideração o bem-estar de seus habitantes que, em boa parte, dependem de um bom sistema de abastecimento de água. Não se pode pensar em bem estar de uma população que depende normalmente de cuidados preventivos básicos de saúde, sem que, simultaneamente, se considere também o problema da poluição da água.
No Brasil, a história do saneamento e abastecimento se deu inicialmente com coletas em bicas e fontes nos povoados que se formavam. No período colonial o Estado era ausente, no máximo drenavam-se as áreas urbanas. No fim do império e início da República os serviços de utilidade pública foram subordinados ao capital estrangeiro, sendo que esta época o Rio de Janeiro foi a quinta cidade no mundo a adotar um sistema de coleta de esgoto.
Apesar disso, as redes de esgoto sanitário cobriam apenas as áreas urbanas e atendiam uma parcela mínima da população. Esta situação se prolongou até as primeiras décadas do século XX.
No início do século XX, a criação e exploração dos serviços de água e esgoto ficavam sob a responsabilidade da iniciativa privada, com o passar do tempo surgiram várias críticas aos serviços prestados, que não eram de boa qualidade. Nas décadas seguintes o Estado então assumiu os serviços de saneamento, criando repartições e inspetorias.
Na década de 50 foram criadas as autarquias, como o SESP e os mecanismos de financiamentos. O primeiro deles surgiu no Governo de Vargas, com o plano de financiamento de Serviços Municipais de Abastecimento de Água. Na década de 60, o modelo de gestão é empresarial, de companhias mistas, principalmente estaduais. Foi criado o Sistema de Financiamento do Saneamento Básico através do BNH.
O período crucial foi entre 1970 e 1990, em que o Brasil contou com o PLANASA, que trouxe ganhos, como maior cobertura de abastecimento de água e