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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOINSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA
DIRETORIA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA – DAEB
NOTA TÉCNICA
Assunto: Teoria de Resposta ao Item
A decisão de implementar no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) a
Teoria de Resposta ao Item (TRI) teve duas finalidades principais: (1) permitir a comparabilidade dos resultados entre os anos e (2) permitir a aplicação do Exame várias vezes ao ano.
A comparação dos resultados entre avaliações é possível na medida em que, com a TRI, uma escala métrica é estabelecida. Assim como existem escalas padrões para mensurar comprimento (metro) e temperatura (Celsius), com a TRI desenvolve-se uma escala padrão de conhecimento. As provas, nas avaliações educacionais, são instrumentos de medida do conhecimento, comumente denominado de traço latente. Por sua natureza, os conhecimentos adquiridos pelos estudantes não podem ser mensurados diretamente, mas é possível utilizar instrumentos de medida que buscam mensurá-los indiretamente. Essa é a fundamentação da Teoria da Medida e é ela que embasa a construção também de instrumentos psicológicos que buscam medir: inteligência, depressão, personalidade etc.
O uso da TRI em avaliações educacionais teve início no Brasil com o Sistema de
Avaliação da Educação Básica (SAEB) em 1995 e, posteriormente, foi implementado também no ENCCEJA, Prova Brasil e ENEM. No âmbito internacional, a TRI vem sendo utilizada largamente por diversos países: Estados Unidos, França, Holanda,
Coreia do Sul, China, sem falar nos países participantes do PISA (Programa
Internacional de Avaliação de Estudantes).
Um dos grandes exemplos de avaliação utilizando a TRI é o exame de proficiência em língua inglesa (TOEFL). Este exame surgiu em 1964 e é amplamente utilizado em todo o mundo. Desde o ano de sua origem, este exame já avaliou mais de
25 milhões de alunos e tem sido administrado por mais de 4.500 centros em 165 países
do mundo. No