966202_Apostila_II

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
NÚCLEO UNIVERSITÁRIO BETIM
PROFª. CARMEM MARQUES
CURSO: DIREITO

APOSTILA DO CURSO FILOSOFIA: ANTROPOLOGIA E ÉTICA
FILOSOFIA MODERNA

O jusnaturalismo
Ora, exatamente, para colocar um novo centro nessa concepção é que surge o Direito
Natural. Marcado profundamente pela ideia, que predominava no século XVI, de que a verdade das ciências estava confiada à razão matemáticas e geométrica, o jusnaturalismo moderno elege a reta razão como guia das ações humanas. (BITTAR,
p.227)
Grócio inaugura uma nova concepção do Direito Natural. O princípio último de todas as coisas não seria mais Deus, nem a natureza, mas a razão. (BITTAR, p.228)

Os filósofos franceses e a questão da natureza humana: Rousseau e o contrato social. 1. Voltaire
Voltaire combateu a vida inteira a grande batalha pela tolerância, que encontra seu fundamento teórico no fato de que os homens não podem saber nada, apenas com suas forças, dos segredos do criador. A razão da tolerância reciproca esta no fato de que nosso conhecimento é limitado e que estamos todos sujeitos ao erro; a intolerância, ao contrario, se cruza com a tirania e, por exemplo em matéria religiosa, é fonte de choques terríveis entre as diversas religiões e entre as seitas de uma mesma religião. Tolerância é o único remédio para a discórdia, que constitui a grande peste do gênero humano.
(REALE, p.255)
O que é a tolerância? É a herança da humanidade. Estamos todos empastados de fraquezas e de erros: perdoemo-nos reciprocamente nossas tolices - é a primeiro lei da natureza. Na Bolsa de Amsterdam, de Londres, de Surat, de Bassora, o guebro, o baniane, o habreu, o muçulmano, o deícola chinês, o brâmane, o cristão grego, o católico romano, o cristão protestante, o cristão quacre traficam um com o outro: nenhum levantará o punhal contra outros para ganhar almas para sua própria religião. Por que, então, nos esganamos mutuamente quase sem interrupção, do primeiro concilio de Nichia em
diante?