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MÉTODOS ATIVOS E ATIVIDADES DE ENSINO
Ademir José Rosso
Mestrando de Educação - Universidade Federal de Santa Catarina

Prof Dr. José Erno Taglieber
Prof. Adjunto - Universidade Federal de Sta. Catarina

"Atividade compulsiva e preguiça não são opostas, porém dois sintomas de uma mesma perturbação... a atividade compulsiva é o complemento da preguiça; o oposto de ambas é a produtividade" (p. 97, Fromm,
1974b).
A preocupação básica deste artigo é promover uma reflexão a respeito da ação docente, na sala de aula, sob a ótica de critérios piagetianos dos métodos ativos e atividade. Antes de introduzirmos a discussão do tema faz-se necessário pontuar a posição assumida. Na nossa compreensão estes não se constituem simplesmente em procedimentos técnicos por envolver o aluno em tarefas capazes de tomar
"apresentável" o ensino a que ele será submetido. Compreendemos
Métodos Ativos e Atividades de Ensino como processo "de fazer fluir" naturalmente o ímpeto, a energia próprios do desenvolvimento mental e a vontade natural de aprender do aluno, direcionando-os à aprendizagem escolar.
A obra em que Piaget se deteve mais sobre o assunto é no livro
Psicologià e Pedagogia (1980). Nesta, ele analisa os novos métodos de ensino e anuncia a necessidade de métodos ativos acompanhados de alguns indicativos. Como estes não se desenvolvem espontaneamente devido aos pressupostos teóricos necessários, recorre-se então

Perspectiva 17, 1992, pp. 37-46

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Ademir J. Rosso & José Brno Taglieber

às Metodologias Tradicionais de ensino devido à facilidade na aplicação e também por garantirem o seu caráter intuitivo e verbal tradicionais. Tal fato ocorre principalmente quando o docente no início da carreira ainda não recebeu ou, mesmo em um estágio mais avançado da carreira, não construiu uma formação suficientemente sólida e avançada.
Os métodos ativos supõem uma sólida formação teórica, psicológica e pedagógica para conhecer claramente a natureza do ato pedagógico, para compreendê-lo como