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Devido à toxidez do metano e por ser um dos principais gases causadores do efeito estufa, boa parte dos aterros já fazem a queima simples dele. Ou seja, os coletores levam o gás à superfície, onde ele é queimado. Porém, sendo um gás com alto poder de combustão, ele pode ser destinado para sistema de geração de energia. Segundo Christian Luiz da Silva, professor de Economia e do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a energia pode ser gerada de duas formas através do biogás. Ou por motores de combustão interna ou por turbinas a vapor (nos quais a água é aquecida pela queima do gás e impulsiona a turbina para a geração de energia). A queima ser mais ecologicamente correta do que simplesmente liberar o gás. Parece estranho, não? Gilberto Martins, professor do Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal do ABC (UFABC), explica que essa queima do gás metano resulta em gás carbônico, que tem um potencial causador do efeito estufa 21 vezes menor. Assim, mesmo que não se gere energia da queima do gás, é recomendado que ele seja queimado para minimizar os danos.

Cada tonelada de CO2 não emitida equivale a 1 crédito de carbono. O metano, por ser mais poluente, tem sua relação de 1 para 20. Ou seja, cada tonelada de metano transformada em CO2 vale 20 créditos de carbono.

Em ambos os casos, tubulações retiram o biogás do aterro e levam a uma estação onde é feita a compressão do gás. Após comprimido o biogás é usado para alimentar motogeradores - motores que transformam a energia mecânica das explosões em energia elétrica.

O gás gerado nos aterros sanitários geralmente é tratado através da queima direta em flares para que o metano contido nele possa ser transformado em dióxido de carbono que, embora também seja nocivo para a camada de ozônio, possui um potencial poluidor várias vezes menor que o do metano.

só depois é encaminhado para a usina de geração de energia

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