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2038 palavras
9 páginas
O cortiço, Aluísio AzevedoAugusto Malta – Interior de um cortiço – Rio de Janeiro (1906)
Cortiço na Rua Visconde do Rio Branco – Rio de Janeiro (1906)
Cortiço – Rio de Janeiro (1904)
Rua São Clemente, Botafogo (1970) – Cenário que teria inspirado O cortiço
Rua São Clemente, Botafogo (2007) – Cenário que teria inspirado O cortiço
O cortiço, de Aluísio Azevedo, publicado em 1890, é uma obra naturalista que se inspirou:
em leis naturais enunciadas por Darwin (Seleção Natural e Evolucionismo);
nas descobertas da medicina experimental de Claude
Bernard (experimentalismo hipotético-dedutivo: observação-hipótese-experiência-resultadointerpretação-conclusão) ;
nas ideias do filósofo e historiador francês Hippolyte
Taine (Determinismo);
nos princípios do Positivismo de Augusto Comte
(cientificismo e materialismo).
Foco
Narrativo: o narrador é onisciente: além de comportar-se como se estivesse observando e registrando a verdade dos fatos, demonstra conhecimento sobre intenções e sentimentos das personagens.
Espaço: A narrativa se desenvolve em dois espaços distintos/dois conjuntos que sofrerão transformações, como se pudessem ser representativos de dois organismos que estabelecem trocas e estão em evolução.
Conjunto A: O cortiço São Romão
Conjunto B: O sobrado de Miranda.
O cortiço São Romão (onde vivem os carapicus)
Origem
“João Romão não saía nunca a passeio, nem ia à missa aos domingos; tudo que rendia sua venda e mais a quitanda seguia direitinho para a caixa econômica e daí então para o banco. Tanto assim que, um ano depois da aquisição da crioula [Bertoleza], indo em hasta pública algumas braças de terra situadas ao fundo da taverna, arrematou-as logo e tratou, sem perda de tempo, de construir três casinhas de porta e janela.” (p.17)
“E o fato é que aquelas três casinhas, tão engenhosamente construídas, foram o ponto de partida do grande cortiço de São Romão.
Hoje quatro braças de terra, amanhã seis, depois mais outras, ia o