762626 HEG Aula5

25276 palavras 102 páginas
História Econômica Geral (HEG-Aula 5)

I – Os Estados Nacionais e as Revoluções Burguesas.

1.1 – O Mercantilismo e a Formação dos Estados Nacionais: Capitalismo, Estado e Liberalismo.

Conforme já mostrado anteriormente, o mercantilismo (sec. XIV–XVIII) não é propriamente um modo de produção ou mesmo um sistema econômico, mas sim um número de práticas econômicas aplicadas pelo Estado em um esforço para obter riquezas e, conseqüentemente poder político. Tal prática prevaleceu entre o final do feudalismo e o início do capitalismo. Sua importância esta associada ao fortalecimento dos Estados Nacionais e a secularização da política. Como se pode observar abaixo, a transição do feudalismo para o capitalismo, entremeada pela prática mercantilista, percorreu as seguintes etapas:
Século XIV ao XV: desintegração do feudalismo;
Século XVI ao XVIII (até 1.770): período da manufatura;
Século XVIII (a partir de 1.770): período de maturidade do capitalismo com o surgimento da grande indústria;
A fase áurea do mercantilismo na Inglaterra ocorrerá entre o século XVII e XVIII, com a retomada da expansão do capital mercantil, decorrente da formação das grandes companhias comerciais; dos monopólios concedidos pelo Estado e do sistema colonial;
O sistema colonial teve um papel bastante relevante ao romper com os limites da dimensão local dos mercados e ao transferir estes impulsos para a esfera da produção, sendo que o mercantilismo, como uma fase intermediária entre a desintegração do feudalismo e o advento do capitalismo, teve um papel importante para o rompimento da dimensão local dos mercados, a penetração de novas relações sociais de produção no processo produtivo e a secularização da política, preparando assim as condições para o surgimento do modo de produção capitalista.

Neste cenário, “No período entre a Reforma e a Revolução Francesa, uma nova classe social afirmou seus direitos a uma plena participação no controle do Estado. Em

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