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CONCLUSÃO

Analisamos nesta dissertação a eficácia dos controles de entrada de capitais em restringir e selecionar os influxos financeiros. Vimos que nos anos 1990 no Brasil os controles de entrada de capitais tiveram apenas de dois a seis meses de eficácia em restringir o influxo financeiro. A hipótese a que aludimos foi que as operações de elisão dos controles de capitais no período realizadas pelos agentes financeiros tornaram ineficazes as restrições. Exemplificamos diversas operações deste tipo que teriam sido utilizadas na época e que permitiam aos integrantes do mercado aplicar seu capital no

PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0310566/CA

Brasil passando ao largo das restrições impostas pelo governo.

Iniciamos o estudo dos controles de entrada de capitais a partir de um modelo teórico. Concluímos que em um ambiente onde não há elisão das restrições ao capital e o diferencial de juros do país é fixado a fim de equalizar os fluxos financeiros, os controles de entrada seriam capazes de aumentar o influxo de capitais de longo prazo, e conseqüentemente reduzirem a probabilidade de um sudden stop. Isto ocorreria, pois o controle de entrada conjuntamente a um maior diferencial de juros alongaria o horizonte de investimento dos investidores, e então, estes teriam menor probabilidade de reverter seu investimento de longo prazo antes de sua maturação prevista. No entanto, o custo associado a esta estratégia seria ter altas taxas de juros no país, por causa do aumento de custo de capital doméstico imposto pelo controle.

Pelo nosso modelo, o objetivo de restringir a entrada de capitais de curto prazo também poderia ser atingido pelas restrições à entrada nesse ambiente sem elisão e com diferencial de juros endógeno à fixação dos controles.

Mas ambas as conclusões dependem das restrições de o diferencial de juros ser endógeno ao problema e de não haver capacidade de elisão dos controles por parte dos investidores. Entretanto, no mundo real estas restrições raramente

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