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617 palavras
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Candidato Aloprado, lembrei imediatamente do ex-presidente brasileiro Jânio Quadros. Popular, extremamente demagogo e de gênio instável, o estadista sul-matogrossense teve uma ascensão surpreendente no cenário político entre as décadas de 50 e 60. prometendo Deus e o mundo, ganhou a simpatia do eleitorado. Entretanto, dias após a posse, foi se mostrando completamente despreparado para a colossal tarefa. Preocupava-se mais com brigas de galo e biquínis que com as necessidades daqueles que o colocaram no poder. Após sete meses de mandato, apresentou ao congresso uma carta de renúncia. Sem sombra de dúvida, Jânio representou com perfeição o estilo descrito no título da fita dirigida pelo irregular Barry Levinson (Oscar de melhor diretor em 1988 por Rain Man). O longa traz ao público um tema excelente: o que sucederia se o mais famoso e afiado apresentador de um talk-show de comedia fosse eleito presidente?Robin Williams, com os trejeitos habituais (alguns amam, outros detestam) interpreta um comediante de política que, após ser questionado sobre as eleições seguintes, resolve candidatar-se a principal cadeira da Casa Branca. “... talvez fosse por vaidade ou truque político...” refletia Jack Menkel (Christopher Walken, sempre roubando a cena), mentor de Tom Dobbs (Williams).
um filme interessante sobre uma crítica política ao sistema dos Estados Unidos acaba se perdendo em construções paralelas que parecem demonstrar apenas a hipocrisia de um país que se considera acima de erros.
Mas, parece que não podemos admitir que os cidadão americanos não levem política à sério, então, entra no roteiro a trama paralela que faz o filme desandar. O sistema Delacroix está sendo lançado no país e, através dele, o voto será eletrônico e facilitará a apuração do resultado. O problema é que a programadora Eleanor Green percebe que há uma falha nele, e não é ouvida pelos donos da empresa que resolvem seguir com as eleições. A certeza de uma fraude faz com que ela se aproxime do