6 O Helenismo
Prof. Adaltro Prochnov Nunes1
Entende-se por filosofia helenística o período entre o fim do domínio de Alexandre Magno sobre a Grécia, 323 a.C e a Idade Média 476 d.C. Esse período foi marcado pela mistura da cultura grega com outras culturas, principalmente a egípcia, a persa e a romana. Nessa época a língua grega tornou-se a língua culta e a filosofia propagou-se pelo mundo conhecido. As cidades gregas (pólis) perderam a independência, mas a filosofia foi além das fronteiras da Grécia, através de diferentes movimentos filosóficos.
O centro cultural deixou de ser Atenas e passou para Alexandria, cidade fundada por
Alexandre Magno no Egito, no delta do rio Nilo. Essa cidade concentrava grande número de intelectuais e também de obras, nela estava a maior biblioteca do mundo antigo, que durante a Idade
Média foi destruída pelas chamas, durante uma das inúmeras guerras.
Não foram elaborados grandes sistemas filosóficos, a investigação voltava-se principalmente para as questões da ética e do ser humano, é um momento de pessimismo no mundo grego, há a impressão de decadência e de envelhecimento do mundo. A filosofia dessa época exerceu grande influência no dentro do Império Romano através de diferentes escolas filosóficas.
Ocorreu também o aparecimento do cristianismo, que influenciado pelo helenismo foi constituindo aos poucos as bases da filosofia cristã medieval. As principais correntes filosóficas dessa época foram o cinismo, o estoicismo, o epicurismo e o ceticismo.
O Império de Alexandre Magno causou uma revolução, o fim da época clássica e o início da época helenística. O impacto desse acontecimento não pode ser reduzido à esfera política, pois ele causou uma série de mudanças nas antigas concepções e na forma de pensar dos gregos. A conseqüência política mais importante foi a decadência da polis. Felipe da Macedônia havia iniciado o processo de centralização, mas respeitou, pelo menos formalmente, a autonomia das