6 ACQA GEST O EDUCACIONAL REESTUDO

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A autonomia é resultado de um percurso, de um movimento que implica esforço e exercício do poder; igualmente, não se mantém sem uma atuação ativa do sujeito. A autonomia da escola pública tem sido defendida em nome dos diversos fatores, entre os quais podem ser destacados a melhoria do desempenho do sistema, em termos de racionalidade administrativa; a natureza entre diversidade cultural e escola única. Na procura de razões mais fundamentais para a autonomia da unidade escolar torna-se útil examinar o que diz Aranha: A tarefa educativa tem como pressuposto ético a autonomia de quem educa. Esta autonomia do educador tem na autonomia regimental da escola apenas uma das condições de seu exercício, e não pode ser com ela confundida. A autonomia do educador _ por paradoxal que possa parecer _ é, hoje, num momento histórico de busca democrática, um “comprometimento total” com o ideal democrático de educação. Nessas condições, quando se insiste na autonomia da escola como uma das condições de melhoria de ensino, não podemos reduzir essa melhoria a um ensino simplesmente mais eficiente no seu conteúdo estritamente escolar. Para isso, não seria preciso reivindicar uma escola capaz de ser uma “boa escola”. O fundamental é que a autonomia de nossas escolas públicas esteja impregnada de um ideal pedagógico que constitua a base de uma tarefa educativa, cuja excelência há de ser medida pela capacidade de instalar uma convivência democrática, e, por isso mesmo, de formar homens críticos, livres e criativos até mesmo a partir de condições sociais, políticas e econômicas adversas. Por isso, é preciso não perder de vista que a busca da autonomia da escola não se alcança com a mera definição de uma nova ordenação administrativa, mas, essencialmente, pela explicitação de um ideal de educação que permita uma nova e democrática ordenação pedagógica das relações escolares (Azanha 1993, pp.42-43). Uma estrutura favorável à

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