3646 7263 1 SM
Maio de 2011
Rio de Janeiro - RJ - Brasil
A NAVEGAÇÃO FLUVIAL: REALIDADE E PLANEJAMENTO
Felipe Augusto Santos Silva (USP) - felipetur22@gmail.com
Bacharel em Turismo pela UNESP e Pós-Graduando em Geografia Humana pela USP
2
1. Introdução
O turismo como atividade econômica e social faz parte da lógica de desenvolvimento em muitos lugares no espaço global. Esse encaminhamento do turismo ocorre em sua maioria por meio das forças dominantes do mercado com foco na estruturação de produtos turísticos, e um planejamento atento a tarefa de disciplinar o fenômeno nos territórios fica relegado a níveis inferiores na hierarquia de interesses e prioridades.
O planejamento do espaço – instância social – para o turismo a partir desse enfoque pode vir a possuir como premissa a reorganização territorial. Deve-se nesse sentido dotar certas localidades com infra-estrutura de qualidade, regras de uso e ocupação do solo, mecanismos de conservação do patrimônio ambiental e urbano no intuito de propiciar uma configuração do território adequada para os residentes e turistas. O turismo nesse caso pode se tornar um potencializador de funções, ou seja, se tornar um indutor de novos usos a objetos que no passado possuíam outras intencionalidades. Do ponto de vista do sistema de transportes no território nacional, tais como: aéreo, ferroviário, rodoviário, marítimo e fluvial, observa-se o antagonismo no que tange aos investimentos, regulamentação de atividades, formulação de políticas, atenção dos órgãos governamentais, empresas privadas e grupos sociais no fortalecimento e consolidação dessas diferentes matrizes de deslocamento, geradoras de fluxos humanos e de mercadorias.
No caso do sistema fluvial, a utilização das hidrovias e demais trechos navegáveis como rota comercial vem se tornando realidade, o mesmo não se pode dizer a respeito do transporte de passageiros, mais especificamente na sua relação com o turismo. Esse tipo de navegação faz parte da