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O golpe de 1964 e a instauração do regime militarPara entender melhor o golpe, é preciso lembrar o clima de radicalismo político que o país vivia. Até as Forças Armadas estavam rachadas, dividas emduas chapas que se enfrentavam nas eleições do Clube Militar desde os anos 50. "De um lado, estavam oficiais nacionalistas; do outro, um grupo que pregava maior aliança com os Estados Unidos, naverdade um recurso para enfrentar a ‘ameaça comunista’", diz o historiador João Roberto Martins Filho. Em 1964, a temperatura política no país havia subido tanto que, meses antes de ser deposto, JoãoGoulart tentou declarar "estado de sítio", medida que ampliaria seus poderes, esse instrumento tem por característica a suspensão temporária dos direito e garantias constitucionais de cada cidadão e asubmissão dos Poderes Legislativo e Judiciário ao poder Executivo, assim, a fim de defender a ordem pública, o Poder Executivo assume todo o poder que é normalmente distribuído em um regime democrático.Na madrugada do dia 31 de março de 1964, um golpe militar foi deflagrado contra o governo legalmente constituído de João Goulart. A falta de reação do governo e dos grupos que lhe davam apoio foinotável. Fracassou uma greve geral proposta pelo Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) em apoio ao governo. João Goulart, em busca de segurança, viajou no dia 1o de abril do Rio, para Brasília, e emseguida para Porto Alegre, onde Leonel Brizola tentava organizar a resistência com apoio de oficiais legalistas, a exemplo do que ocorrera em 1961. Apesar da insistência de Brizola, Jango desistiu de umconfronto militar com os golpistas e seguiu para o exílio no Uruguai, de onde só retornaria ao Brasil para ser sepultado, em 1976.
Antes mesmo de Jango deixar o país, o presidente do Senado, Aurode Moura Andrade, já havia declarado vaga a presidência da República. O presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli, assumiu interinamente a presidência após a renúncia de Jânio