34291 65380 1 PB
1574 palavras
7 páginas
especial: felicidade/sofrimentoSofrimento transitivo Profissionais bem adaptados a determinadas atividades definham quando são transferidos para outras, para as quais talvez nem de longe estejam preparados.
O resultado desse desajuste é o sofrimento e a frustração no trabalho
Por Betania Tanure
62 vol.7
nº6
nov/dez 2008
gvexecutivo 63
Sofrimento transitivo
A clássica reclamação “perdemos um ótimo técnico e ganhamos um mau gerente” ainda é muito atual. E apresenta uma variante que pode significar graves problemas tanto para a carreira do executivo como para sua empresa: “perdemos um ótimo gerente e ganhamos um mal dirigente”. Trata-se de situações produzidas pela dificuldade de muitas organizações de identificar e administrar a “intransitividade” ao gerenciar as trajetórias de seus profissionais para as posições de liderança.
Dependendo da cultura e da estrutura da organização, são diferentes os desafios enfrentados no exercício da liderança, nas diversas posições hierárquicas. Por exemplo, gestores de unidade de negócio precisam ser empreendedores agressivos, que criam e perseguem oportunidades e viabilizam recursos. Já os dirigentes a quem esses gestores se reportam têm de ser integradores e treinadores. Por sua vez, os membros da alta administração devem ser líderes institucionais com amplo horizonte temporal, capazes de nutrir as oportunidades de desenvolvimento estratégico, gerenciar a coesão organizacional e criar um senso dominante de propósito e ambição.
Nessa estrutura “intransitiva” (ou seja, em que não é possível mudar automaticamente, com sucesso, de uma posição para outra) há implica64 vol.7
nº6
nov/dez 2008
ções importantes para o desenvolvimento de líderes, bem como para o grau de realização, de identificação pessoal e de felicidade do executivo.
Muitas pessoas que apresentam excepcional desempenho em papéis empreendedores não serão capazes de ajustar-se a papéis mais ambíguos de treinadores integrativos em funções regionais ou na área de