26102012
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Revista eletrônica do Departamento de Química - UFSCFLORIANÓPOLIS | Química - UFSC | QMCWEB: Ano 4
Os combustíveis vendidos no Brasil têm sido tema frequente na mídia. Com tanta repercursão, são muitos os brasileiros preocupados com a qualidade dos combustíveis. É aí que entram os químicos de várias universidades brasileiras: a Central de Análises do departamento de Química da UFSC, por exemplo, presta este serviço para postos e distribuidoras.
Saiba como a análise é feita, e o que é, de fato, que vai para o tanque de nosso carro.
O Departamento de Química da UFSC possui a Central de Análises, que é um órgão que presta serviço à comunidade. Muitas indústrias, pequenas empresas e, agora, postos de combustíveis procuram a Central de Análises, que, após a análise do material, por vários métodos, emite um laudo técnico.
O QMCWEB esteve na Central de Análises do depto. de Química, e acompanhou a rotina de análise de combustíveis. O processo segue uma série de normas técnicas definidas pela própria Petrobrás.
Tão logo o combustível chega na central, faz-se o exame de propriedades físicas, como a aparência visual e a densidade. A densidade, que é medida em um densímetro, é um forte indício sobre a qualidade do combustível. Enquanto que a gasolina padrão tem uma densidade de cerca de 0,75 g/ml, a gasolina adulterada apresenta, em geral, uma densidade menor, devido a adição de compostos orgânicos menos densos.
O próximo passo é a determinação da quantidade de água. Segundo a legislação brasileira, a gasolina deve ser totalmente isenta de H2O, mas, algumas vezes, a gasolina recebe a adição de álcool não anidro e a presença de água pode ser detectada. A análise é feita pelo método de Karl Fischer, que está em acordo com a norma técnica da ABNT.
A gasolina brasileira recebe a adição, regulamentada, de etanol. A lei estabelece que o limite máximo de etanol é de 24% na gasolina. Este etanol deve ser anidro, já que a gasolina deve ser