235273487 Baloma

1610 palavras 7 páginas
PPGA – UFF
Teoria Antropológica Clássica
9ª sessão – Antropologia Social Inglesa (1ª parte): Funcionalismo
Discente: Ellen Fernanda N. Araujo

Baloma: os espíritos dos mortos nas Ilhas Trobriand. In: Magia, ciência e Religião. Lisboa: Edições 70, 1986

Baloma: os espíritos dos mortos nas Ilhas Trobriand, é um trabalho de Malinowski, presente em ‘Magia, ciência e Religião’, que se origina da extensiva investigação de campo que realizou entre os nativos da Nova Guiné, especificamente entre os Kiriwina, nos anos de 1915 e 1916.

O tema geral Apesar de amplamente conhecido por suas contribuições ao conhecimento metodológico em antropologia, nesse texto o autor está interessado em expor algumas considerações teóricas quanto àquilo que segue denominado estudo sociológico da crença. Em contexto de produções evolucionistas sobre a temática, à exemplo da emblemática obra ‘O Ramo de Ouro’ de J. Frazer, Malinowski se empenha para demonstrar a importância de se estudar a dimensão social de uma crença, à qual se acha refletida em uma série de ideias (dogmas), instituições, e interpretações particulares. Os dados etnográficos e alguns pressupostos metodológicos Com uma ampla variedade de dados etnográficos, Malinowski abre o seu texto, descrevendo as crenças dos nativos de Kiriwina em relação ao “espírito dos mortos e à outra vida” (p.158). O estudo é composto pelas narrativas ouvidas dos nativos [“conversa antiga – (p.167)] que contam que os espíritos dos mortos (o baloma, ou a fortuna principal do espírito) se deslocam de seus corpos e vão habitar outra ilha do arquipélago circundante a de Tuma, onde passam a viver. À essa versão, acrescenta-se outra: aquela de que o espírito (kosi) leva a “uma existência curta e precária, próxima a aldeia e em torno dos lugares habituais do morto” (p.158). Em torno dessas crenças, formam-se uma série de ritos, cânticos, instituições, ideias, interpretações – às quais o autor busca trazer em suas variabilidades, verificando “o fato

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