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A narração, de que educador è o sujeito, conduz os educados à memorização mecânica do conteúdo narrado. Mais ainda, a narração os transforma em “vasilhas”,em recipientes a serem “enchidos”pelo educador.Quanto mais vá “enchendo”os recipientes com seus “depósitos”,tanto melhor educador será.Quanto mais se deixem docilmente “encher”,tanto melhores educandos serão.
Desta maneira, a educação se torna um ato de depositar, em que os educandos são os depositários e o educador o depositante. Memorizam e repetem. Eis aí a concepção ‘bancária “da educação, em que a única margem de ação que se oferece aos educandos é a de receberem os depósitos, guardá-los e arquivá-los”. No fundo, porém, os grandes arquinados são os homens, nesta (na melhor das hipóteses) equivocados concepção “bancária” da educação. Não há saber. Só existe saber na invenção, na reinvenção, na reinvenção, na busca inquieta, impaciente, permanente, que os homens fazem no mundo e com os outros. Busca esperançosa também.
Na visão “bancária” da educação, o saber é “saber” é uma doação dos que julgam sábios aos que julgam nada saber,Doação que se funda numa das manifestações instrumentais da ideologia da opressão.O educador, que aliena a ignorância, se mantém em posições fixas, invariáveis. Será sempre o que sabe, enquanto os educandos serão sempre os que não sabem. A rigidez destas posições nega a educação e o reconhecimento como processos de busca. Mas não chegam,nem sequer ao modo do